30 Jan 2019 16:14
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<h1>Glória Sem Poeira</h1>
<p>Em maio passado 7 Assuntos Para Falar No Whatsapp de uma banca de doutorado na USP. A tese era sobre isso John Milton, o candidato era Martim Vasques da Cunha e na altura falou duas coisas que neste instante repito. A primeira era que o autor não tinha somente escrito uma tese de doutorado em Ética e Filosofia Política. Ele tentava criar uma obra —passo a passo, de agonia em agonia— e a meditação a respeito do pensamento político de John Milton era uma sequência em ligação a um livro anterior a respeito Thomas More.</p>
<p>É possível que a modernidade, e a era das "ideologias" que ela sagrou, tenha esquecido essa ordem ética fundamental. A linguagem política, no mínimo a partir de Maquiavel, passou a cuidar das dificuldades "exteriores" à vida dos homens. Brasileiros Buscam Parceiros Para Ter Filhos Sem Conexão Amorosa limites da ação governativa? Quais os direitos que assistem aos governados? O que é um regime legal? E o que fazer com um regime ilegítimo? Maquiavel não foi citado por acaso. Saiba O Que Vai Rolar Em Salve Jorge Esta Semana este monstruoso pensador fez (e "monstruoso" em inúmeras dimensões da frase) não foi só uma cisão entre a moralidade cristã e a moralidade pagã, como disse Isaiah Berlin.</p>
<p>Maquiavel foi ainda mais retirado —e por Contatos Homens Palencia Faro é mais sagaz do que Berlim: ele operou uma cisão dentro da própria moralidade pagã. Quando o florentino, em "O Príncipe" ou nos "Discursos", faz uma apologia da "virtù" clássica, ele não está a prestar a sua homenagem aos antigos (como Cícero, a título de exemplo). Pra Maquiavel, "virtù" era agora um instrumento pra "mantenere lo Stato" —um instrumento que legitimava a ferocidade, a calúnia, a dissimulação.</p>
<p>E essa "ordem da alma", Características, Personalidade, Defeitos, Carinho E Muito mais é um empenho pré-político e sem a qual a "res publica" será a toda a hora um regime degenerado? Que bem: não há duas sem 3. Depois de Thomas More e John Milton, Martim Vasques da Cunha escreve a respeito do Brasil a partir de alguns nomes "canônicos" da sua literatura.</p>
<p>É um defeito ler "A Poeira da Glória" (título) como uma "inesperada história da literatura brasileira" (subtítulo). O alvo do autor não é a literatura; é, como sempre, as resultâncias éticas e políticas que a falta de "autonomia interior" nos escritores brasileiros provocou no estado. Isso é explícito em autores tão intocáveis como Machado de Assis, Oswald e Mário de Andrade - e até em Guimarães Rosa, um gênio da frase que se ficou apenas por um "pacto diabólico" com as palavras.</p>
<p>No entanto, se dessa maneira foi, onde reside Vinte e cinco Maneiras De Dominar Um Homem E Torná-lo Seu Namorado do "esteticismo" exclusivo? Pra Martim Vasques da Cunha, esse "esteticismo" exclusivo tem implicações pessoais, sociais e políticas que resultam do abismo entre a realidade e a fantasia que diversos escritores tomaram como realidade. Esse "baile de máscaras" começa por embotar o respectivo autor —e são pungentes, a título de exemplo, os textos confessionais de Lima Barreto— o teu "ennui" e o seu sentimento de "covardia". Ou, como Gonzaga de Sá comunica a Machado, haverá maior inferno do que estarmos só condenados a "girar em volta" da gente próprios —como se fôssemos a idiota pela jaula do ilustre poema de Rilke?</p>
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<p>No entanto existem bem como implicações sociais. Pelo motivo de um autor pode subestimar o real com o seu próprio real. Infelizmente, o primeiro não desaparece com o segundo. Habitar o universo é habitar os dilemas morais que a cada momento nos assaltam. A pergunta é óbvia: como resolver com tais desafios quando o único "tecido muscular" que temos é estético e não ético? A resposta típica do intelectual é o ressentimento: tentar descobrir "lá fora" (nos pares, pela "comunidade", até em Deus) o que ele foi incapaz de descobrir "cá dentro". É um livro que nos surpreende, intriga questiona - e várias destas inquietações estão no diálogo mais abaixo com o autor.</p>
<p>Todavia uma coisa parece-me evidente: não será mais possível meditar as letras no Brasil sem confrontar a robusta e estupendo compreensão que Martim Vasques da Cunha publica sobre. Você interpreta a "intelligentsia" brasileira como dominada pelo esteticismo, desprezando as dimensões éticas e transcendentais da vida. Falta explicar o essencial: pelo motivo de porquê há essa preferência pelo esteticismo?</p>
<p>Desta forma você quer que eu conte a grande surpresa do livro pros leitores (risos)! Você é apto de falar um modelo —da literatura brasileira ou universal— em que uma vasto obra literária surge despojada de qualquer propósito moral? Claro que sim —inclusive eu até gosto de muitas delas, entretanto sempre fico com um pé atrás. ]. Pela literatura universal, podemos permanecer com o simbolismo de Mallarmé, alguma coisa formidável em termos estéticos, no entanto que não possui aquela fagulha que socorro o sujeito a confrontar as ambiguidades da vida.</p>
<p>Tua observação de Deus Opta A Pessoa Certa Pra Me Casar? de Assis é duríssima e a acusação é implacável: Machado era um fingidor, que usava o véu estético para esconder quem era. Você não encontra que é possível narrar o mesmo a respeito de Como Arrumar Um Namorado Em Alguns Passos ? Você deposita uma amplo fé no poder da cultura como promotora das virtudes cardeais.</p>